Custo de manutenção do jato F-35 da Lockheed agora previsto para exceder US$ 1,5 trilhão

O programa de armas mais caro do mundo, o caça F-35 da Lockheed Martin Corp., está ficando ainda mais caro, de acordo com um órgão de fiscalização do governo. Nove anos depois de o Corpo de Fuzileiros Navais ter declarado seus primeiros F-35 operacionais, o Pentágono agora projeta que o custo de operação e manutenção do jato até 2088 será de US$ 1,58 trilhão, 44% maior do que o inicialmente previsto em 2018, disse o Government Accountability Office na segunda-feira em uma nova avaliação. É outro sinal preocupante para o F-35, que é considerado o caça a jato mais furtivo e avançado de todos os tempos e está no centro do planejamento de guerra dos EUA. Apesar do seu elevado preço e dos problemas de manutenção, os EUA e vários governos aliados – incluindo Israel – já pilotam centenas de F-35, e este desempenhou um papel importante ao ajudar a repelir uma barragem de mísseis e drones iranianos apontados a Israel durante o fim de semana. O relatório do GAO pinta um quadro preocupante da prontidão do avião, dizendo que o treinamento inadequado, a falta de peças sobressalentes e equipamentos de apoio e uma forte dependência de empreiteiros significam que todos os três serviços que implantam o jato – a Força Aérea, os Fuzileiros Navais e a Marinha – projetam que será capaz de pilotar o F-35 com menos frequência do que se esperava inicialmente. Um dos principais impulsionadores dos custos de manutenção é a forte dependência do Pentágono do apoio da Lockheed, disse o GAO. O elemento de custo de suporte de sustentação, que captura a maioria dos custos de sustentação associados ao contratante, é uma grande parte do F-35. O Pentágono “está buscando ampliar o controle governamental sobre o programa para reduzir os custos do programa e melhorar o desempenho do programa”, afirmou.